sexta-feira, 12 de abril de 2013

Castielo III - Inicio




(a de se lembrar que todos estes textos são esboços, apena postando o que eu escrevi, infelizmente, estou sem inspiração para escrita) 
(esse post ficara meio confuso pois ele esta divido em partes)


       A juventude de Castielo na verdade se passou em um vilarejo, distante e pouco conhecido, exatamente no meio do nada, ali todos eram praticamente familiares e amigos, era verdade que sua mãe cuidava de uma plantação, e Cas até então tinha uma infância, "comum".

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Um certo dia, Castielo caminhava pelo vilarejo, quando avistou um senhor, sentado em seu jardim observando uma certa "coisa", Cas então parou e perguntou:

- Velho o que tanto observas?

O velho sem se mover responde:

- Este girassol que acabei de plantar...
Cas:
- Mas eu não vejo nada, só terra.
O Velho direciona o olhar para o pequeno Cas e diz:

- Meu jovem, eu observo com a alma algo lindo que acabo de plantar, estou admirando a beleza do crescimento e do meu trabalho, desta flor tão linda, não sairei daqui até completar meu objetivo.
Cas achou o velho louco, mesmo assim, ficou impressionado com seu olhar diante a terra que nada havia, as sementes estavam escondidas, e o Cas sentou ali ao lado do senhor, tentando imaginar como seria aquela planta na qual ele nunca tivera visto. O que Cas só vira a entender mais tarde é que a parte de "plantar" pode vir a ser de um trabalho, uma vida, na qual todos plantamos diariamente, mas quantos de nós paramos para admira-la?

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Castielo em uma manhã ensolarada resolveu dar uma volta no vilarejo, como sempre brincando com pedras, areia, barro, usando sua imaginação fértil e rica, ele conseguia ir longe, mais longe que o homem que foi a lua, enquanto brincava perto de outras crianças em um campo aberto, ele avistou uma garotinha pouco mais nova que ele saindo correndo das outras crianças, ela correu até um canto e se sentou e chorou. Cas então se aproximou:

- Ei - Cas todo entusiasmado - olhe o que eu tenho em minha mão!
A garota toda emburrada e chorando, olha e fala:

- Uma pedra idai?
Cas sem perder a simpatia responde:

-  Não é uma pedra, é uma carruagem e com ela você pode ir aonde quiser com todo conforto do mundo até mesmo pra lua.
A garota:
- Para de bobice, isso é uma pedra e mesmo se fosse uma carruagem não iria nem sair do lugar, sem cavalos isso ainda seria um nada.
Cas meio que entristece, mesmo assim continua:
- Por que choras?
A garota emburrada, mesmo não querendo responde:
- Estavam me chamando de baixinha, tão baixa quando um anão.
Cas  sorri levemente e pergunta:

- Só por isso choras?
- Não gosto que me chamem de baixinha - A garota responde triste.
Cas pega na mão dela a levanta, e se ajoelha para falar com ela apontando em direção ao bosque rodeado de plantas diversas e dizia:
- Esta vendo aquelas plantas? Todas tem sua beleza e características especiais únicas, as plantas rasteiras estão ali, são bonitas como são, assim como as trepadeiras, e assim como os pinheiros, tudo na natureza tem sua beleza e suas funções, não tenha vergonha de sua altura, você é bonita assim, se fosse mais alta eu diria até que seria feia.
A garota, pouco confusa pelas palavras ditas e usadas pelo Cas, agradece com um sorriso e sai pulando de alegria em direção ao bosque, com a pedra na mão que antes estava com Cas fingindo ser uma carruagem.
Cas notavelmente desde pequeno sabia usar as palavras, não era estranho ele parar e escutar velhos, sábios, até mesmo um simplório trabalhador rural, o que fazia com que as outras crianças achassem ele estranho, diferente, e "anormal". Nem mesmo Cas entendia o que ele queria dizer com aquelas palavras, mas mesmo assim as pronunciava sabendo que iria trazer conforto a pobre garota.

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Cas nunca gostou de ir a escola, sempre achou que aprenderia mais na rua que na escola, afinal muitos adultos ao seu redor mal tinham estudos, mas mesmo assim ele ia, claro naquela época se não fosse aja bumbum pra aguentar as palmadas.
Na escola Cas sempre foi o mais quietinho, quando abria a boca era pra chamar atenção falando alguma besteira, mas os colegas sempre o viam estranho, Cas sempre se sentava ao canto, mesmo quieto gostava de aprontar. Na recreação ele se declarava o dono da  casinha de madeira queria impor regras, dizia ser o Rei, mas os amigos que brincavam com ele, eram todos imaginários, ninguém dava atenção para ele, gostava de correr, bagunçar, quando ficava de castigo, conversava com seus amigos imaginários se divertia, para ele não havia tempo ruim.

Do outro lado havia uma escola só para garotas mais velhas, la havia uma na qual chamava atenção de Cas quem sabe sua primeira paixão, uma garota alta, magra, de cabelos escuro e cacheado, Cas admirava a beleza dela, para outros era só uma garota comum, mas aos olhos do Cas uma princesa mal ele sabia o motivo o por que, e ele nem fazia questão de saber, ela sabia da existência do Cas, afinal todo intervalo enquanto Cas brincava a olhava de longe, e as amigas dela comentavam a ela, a garota nada fazia.
Era normal os garotos humilharem Cas, brigar com ele, pregar peças, um dia Cas revoltado viu um deles sozinho longe dos outros garotos e da escola, Cas então com aquele sentimento de raiva, foi até o garoto e começou a empurrá-lo,   querer brigar com ele, e o garoto estava indefeso, o que era na qual uma oportunidade para o Cas, mas Cas não esperava pela interferência de uma certa pessoa. Ela veio correndo e afastou o Cas, Cas olhou ficou travado e nada dizia constrangido, era a garota na qual ele admirava, então o perguntou:

- Por que esta fazendo isso com este pobre garoto?
Cas travado nas palavras, gaguejando responde:

- Ele, ele.. ele sempre me ba bate, fala coisas ruim de mim com seus amigos.
A garota o interrompe e diz:
- Isso não é motivo de tal atrocidade rapazinho, não devemos machucar os outros por vingança, ou raiva, por que simplesmente não conversa com ele, o pergunta do por que das maldades?
Cas abaixa a cabeça e vai embora para sala de aula, senta-se, e fica pensando no acontecimento "Mas que porcaria, a garota que eu tanto gosto brigou comigo e por causa daquele garoto chato, porcaria." Pobre Cas tinha tanto que aprender ainda.

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Em um dia chuvoso Castielo amanhece recebendo a noticia que ele iria viajar com a família para as mais altas montanhas, então ao subirem na carruagem ele,o irmão dele a mãe e  o tio que ia guiando os cavalos, perceberam que o tempo estava começando a ficar escuro, mesmo assim decidiram ir, todos cantarolando melodias esbanjando felicidade mesmo em céu escuro e já chuvoso, quando a tempestade começa a piorar, Cas se agarra a mãe que dizia: "-Vai ficar tudo bem meu anjo".
 Um estrondoso trovão e a carruagem derrapa na subida de uma colina, parecia o fim. Cas havia desmaiado, ao acordar viu sua mãe sangrando dizendo que estava tudo bem, mas ao ver o tio entrou em desespero, ele estava em baixo de pedras, morto, e o irmão havia sumido, Cas sai de perto da carruagem atrás do irmão, enquanto a mãe se arrastava vagarosamente toda ferida ainda em choque, o irmão mais velho estava em baixo da colina provavelmente tinha sido lançado da carruagem e batido a cabeça direto nas pedras e conseqüentemente falecido na hora. Cas  então sentou e chorou, a mãe forte e triste, abraçou o Cas e o confortou. Eles retornaram no próximo dia quando amanheceu sem chuva passavam forasteiros no local, prestaram socorros e o levaram de volta para o vilarejo, ambos traumatizados, mas para a mãe a vida não pode parar, ja para o Cas aquilo iria ficar na mente dele, enquanto ele estava desmaiado ele lembra de ter visto um homem em um cavalo, puxando ele para fora dos escombros, um homem alto, forte que mal dava para ver seu rosto com um chapéu enorme.  






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